Que bom seria uma gruta, um grito, um silêncio, um relâmpago, qualquer coisa sem ampulhetas, simples de instante à medida do desejo sonolento, sem carrilhões de tempo eterno até ver.
Um campo de papoilas
onde o vento só balbuciasse uma cidade de luzes silenciosa.
Silêncio para ouvir
a minha ânsia, a inquietação, o baile das palavras por arrumar, o espaço onde
me quero, na latitude que procuro.
Um relâmpago, um
vento, uma carícia, uma estrada uma mão, um mapa onde me perca, me subverta, me
alimente.
Um livro. Talvez um
livro!
Um livro oráculo com
os mistérios que eu não sei, um livro com as palavras por aprender, um livro
para caminhar e para ler todos os dias sem acabar.
Um livro. Só.
© Fernando Neto
Sem comentários:
Enviar um comentário