
A inesperada silhueta da sombra
que a noite desperta
entre o luar e as árvores nuas
aproxima-me do promontório
abismo insondável
dos meus sonhos negros.
que a noite desperta
entre o luar e as árvores nuas
aproxima-me do promontório
abismo insondável
dos meus sonhos negros.
Nem a mão que repousa na esperança
da luz total das tuas mãos
me devolve à plenitude da lucidez.
Há um espaço por preencher
no relevo da parábola
verbo que esventra a noite
quando a tua ausência é presente.
Dilacero as esquinas do granito
mãos ensanguentadas
no pescoço da madrugada
até que o sal apazigue a angústia
ou a bebedeira me passe.
©Fernando Neto
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