Pois é...quem pode medir a essência do infinito, ou o alcance da sua mágoa por ser tudo e não ter consciência do que é um princípio e um fim, um começo e uma paragem, uma interrogação e uma resposta...
Então podemos tocar o simples e na complexidade da racionalidade achar de novo o...simples...
Como formigas de ar, vemos uma ponte chamada eternidade despontar sobre nós...e por isso decompomos a fartura da imaginação criativa em pequenas pedras apenas férteis mentalmente. Assim aparecem-nos finalmente as medidas das coisas, e nós homens que vivemos na ponte da eternidade, vimo-nos cansados sobre o tropeçar das pedras dos anos, horas, minutos e segundos. Torna-se assim evidente que quanto mais pedras as nossas rugas mentais suportarem, mais sábios somos, mas no fundo ninguém ultrapassou essa ponte. Nem o fará enquanto a gula dessas pedras continuar. Há pontes que não foram feitas para se chegar de um sítio a outro, mas apenas para nos sentar-mos nelas, de pés vogando no vazio e onde os sóis da serenidade se põem para logo regressar, enquanto rios de curiosidade navegam debaixo de nós.
Assim são as pontes do infinito e da Eternidade.
©Fernando Neto
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