Poema
resgato-te à tempestade,
protejo-te na escondida fragilidade
como compete a um poeta.
Canto-te as palavras
sílaba a sílaba
como se conjuga um verbo
num limbo de paixão.
Os ventos
vão modelar-te
na pedra granítica
polida pelas minhas mãos
e continuarei a guardar-te,
poema,
como se de silêncio
as palavras se tornassem.
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© Fernando Neto
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© Fernando Neto
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