Protejo-te


Poema
resgato-te à tempestade,
protejo-te na escondida fragilidade
como compete a um poeta.

Canto-te as palavras
sílaba a sílaba
como se conjuga um verbo
num limbo de paixão.

Os ventos
vão modelar-te
na pedra granítica
polida pelas minhas mãos
e continuarei a guardar-te,
poema,
como se de silêncio
as palavras se tornassem.

*
© Fernando Neto
*

Sem comentários:

Visitas

Contador de visitas

Contribuidores

Creative Commons License Esta obraestá licenciada sob uma Licença Creative Commons.